O conceito de Cidades Inteligentes, ou, do inglês, Smart Cities, tem sido discutido entre estudiosos há mais de 40 anos. Os exemplos do passado associavam centros urbanos futuros com informações avançadas e complexas de fibra óptica.
No entanto, esse conceito evoluiu e, além desses ideais, os especialistas no tema citam a adoção de diferentes e atuais tecnologias suportadas por infraestruturas de fibra ótica, redes móveis 4G/5G, centro de dados e dispositivos adequados que permitirão responder aos desafios e transformações das zonas urbanas.
E quais seriam essas tecnologias? WiFi, aplicativos móveis, computação em nuvem (Cloud Computing), internet das coisas (IoT. Capacidade de conexão entre internet e objetos como: eletrodomésticos, automóveis, etc.) e big data (banco de dados que identifica e interpreta informações geradas pelas pessoas para fornecer estratégias diversas. Cookies) são alguns exemplos.
Mas qual a relação entre esse conceito e meio ambiente?
Estima-se que nos próximos 30 anos mais de 10 bilhões de pessoas estarão vivendo em centros urbanos, sendo estes as regiões responsáveis majoritariamente pelos elevados índices de poluição do planeta. Deste modo, para garantir a sobrevivência da humanidade, a estruturação de políticas de sustentabilidade e eficiência energética, conforme preconiza o ODS 11, são saídas para minimizar os impactos ambientais deste crescimento.
Entretanto, é preciso compreender e admitir que no futuro apenas cidades inteligentes serão sustentáveis.
De acordo com a consultoria de engenharia TWI: “uma cidade inteligente usa tecnologia da informação e comunicação (TIC) para melhorar a eficiência operacional, compartilhar informações com o público e fornecer uma melhor qualidade de serviço governamental e bem-estar do cidadão”.
Atualmente diversas soluções inovadoras, baseadas nesses conceitos, já estão em operação ao redor do mundo:
Iluminação pública eficiente: instalação de postes de luz LED inteligente nos Estados Unidos, cuja a operação é controlada em tempo real através de sistema de gerenciamento que permite diminuir ou aumentar remotamente a capacidade de iluminação dos postes de rua, promovendo economia anual de 1,5 milhão de dólares.
Economia circular do lixo: a capital da Eslováquia adquiriu uma linha de triagem automatizada de resíduos que permite o aumento à curto prazo de mais 30% na recuperação de plásticos aptos para reciclagem, poupando a utilização de recursos fósseis primários e florestais causando assim um impacto direto na descarbonização e mitigação das alterações climáticas.
Semáforos inteligentes: em Florianópolis, foi estabelecido o primeiro bairro inteligente do Brasil (Vila A Inteligente). Ele conta com um software de gestão de controladores semafóricos, câmeras com inteligência artificial para monitoramento e contagem de veículos que permite ajustar a cadência e o tempo da luz para responder ao tráfego em tempo real, reduzindo o congestionamento, melhorando a mobilidade e, consequentemente, minimizando as emissões provenientes dos veículos.
Com isso, podemos concluir que evidências não faltam para assegurar que a chave para um futuro ambientalmente equilibrado está diretamente relacionada à gestão inteligente e sustentável das cidades.