Na busca pela compreensão precisa e confiável das grandezas que permeiam nosso mundo, a medição surge como ferramenta essencial. Seu objetivo é claro: determinar o valor do mensurando, a grandeza específica. Contudo, essa jornada começa com uma base sólida, uma especificação do mensurando em questão, do método de medição a ser empregado e do procedimento a ser seguido.
A medição, portanto, é mais que uma simples atribuição de números a fenômenos físicos ou quantidades, é um processo delicado, exigindo rigor e precisão em cada etapa. Uma falha na especificação do mensurando, por exemplo, pode distorcer todo o resultado final, comprometendo a validade da análise.
Entretanto, mesmo quando todos os cuidados são tomados, há um elemento inerente à medição que não pode ser ignorado: a incerteza. Esta, como definida, é um parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos ao mensurando. É a manifestação da dúvida que está associada a qualquer resultado de medição.
A incerteza não é uma inimiga da medição, mas sim uma companheira inevitável. Reconhecê-la e compreendê-la é crucial para uma interpretação precisa dos dados obtidos. Ela nos lembra que, mesmo diante de métodos sofisticados e instrumentos precisos, há sempre uma margem de erro a ser considerada.
Fonte: Guia para a Expressão de Incerteza de Medição – GUM